No gráfico horário, o par GBP/USD negociou de forma lateral na terça-feira, ligeiramente acima do nível de retração de 76,4% em 1,3482. Assim, o movimento de alta pode prosseguir em direção ao próximo nível de retração de 100,0% em 1,3587. Uma consolidação abaixo de 1,3482 favoreceria o dólar americano e poderia levar a uma retomada da queda em direção à zona de suporte de 1,3416–1,3425.
A estrutura de ondas mudou para uma configuração baixista, de forma repentina e inesperada. Embora a última onda de alta tenha rompido o topo anterior, a onda de baixa seguinte também rompeu facilmente o fundo anterior. O noticiário da semana passada foi, em sua maior parte, neutro para a libra, mas os dados de quinta e sexta-feira pesaram no quadro. Ainda assim, esses eventos já foram absorvidos pelo mercado, restando a dúvida: em que fundamentos os ursos basearão seus próximos movimentos?
Na terça-feira, o noticiário para a libra foi negativo. O PMI industrial recuou de 47,0 para 46,2 pontos, e o PMI de serviços caiu de 54,2 para 51,9 pontos. Assim, os ursos tinham espaço para um novo ataque, mas preferiram não avançar. Apesar da tendência atual ter se tornado baixista, também não há elementos consistentes para um fortalecimento significativo do dólar. Os problemas da economia britânica são evidentes, mas os Estados Unidos também enfrentam fragilidades. Os índices de atividade empresarial norte-americanos caíram, embora ainda permaneçam acima dos britânicos. Já o discurso de Jerome Powell não trouxe novidades, repetindo a retórica da semana anterior.
Hoje, não há eventos relevantes no calendário econômico. Portanto, dificilmente veremos movimentos expressivos de touros ou ursos. Ainda assim, é importante monitorar novos sinais de negociação caso surjam.
No gráfico de 4 horas, o par reverteu em favor do dólar norte-americano após uma divergência baixista no indicador CCI e as reuniões do Banco da Inglaterra e do Fed. A queda segue em direção à zona de suporte de 1,3378–1,3435. Um repique nessa região favoreceria a libra e poderia gerar uma leve alta do par. Já uma consolidação abaixo desse patamar abriria espaço para a continuidade da queda em direção ao nível de retração de 76,4% em 1,3118.
Relatório de Compromisso dos Traders (COT):
O sentimento da categoria "não comercial" ficou nitidamente mais altista na última semana de divulgação. As posições compradas aumentaram em 5.947, enquanto as vendidas diminuíram em 21.078. A diferença entre compras e vendas está agora em cerca de 80.000 contra 87.000, com os touros voltando a inclinar a balança a seu favor.
Na minha avaliação, a libra ainda enfrenta perspectivas de queda. O pano de fundo das notícias para o dólar, nos primeiros seis meses do ano, foi desastroso, mas começa a dar sinais de melhora. As tensões comerciais estão diminuindo, novos acordos vêm sendo assinados e há expectativa de que a economia dos EUA se recupere no segundo trimestre, impulsionada por tarifas e investimentos diversos. Por outro lado, a possibilidade de afrouxamento monetário pelo Fed no segundo semestre segue exercendo forte pressão sobre o dólar, agravada pelo enfraquecimento do mercado de trabalho e pelo aumento do desemprego. Assim, no momento, não vejo fundamentos sólidos para uma tendência altista da libra.
Calendário econômico para os EUA e Reino Unido:
EUA – Vendas de Casas Novas (11h00 horário de Brasília - Portugal 15h00).
No dia 24 de setembro, o calendário econômico contém apenas um evento de menor relevância. O impacto do noticiário sobre o sentimento do mercado na quarta-feira será ausente ou extremamente fraco.
Previsão para GBP/USD e dicas para traders:
As vendas do par são possíveis hoje se houver fechamento abaixo de 1,3482 no gráfico de 1 hora, com alvo na zona de 1,3416–1,3425. Compras podem ser consideradas caso haja fechamento acima de 1,3482 no gráfico de 1 hora, com alvo em 1,3587. Essas operações podem, no momento, ser mantidas em aberto.
As grades de Fibonacci estão construídas em 1,3586–1,3139 no gráfico de 1 hora e em 1,3431–1,2104 no gráfico de 4 horas.